Mas de vez
em quando saimos. Partimos do lugar da Picanceira, da casinha de pedra no sopé
do monte rodeados pelas neblinas mais deliciosas deste mundo e do outro, sempre
sem vontade. Voltamos geralmente um pouco mais ricos, cansados e saudosos.
No passado
domingo fomos ao Centro Cultural de Belém. O filho mais vellho e o tio foram ver os Voca People. A mãe, o
pai, e o filho mais novo, não passaram as portas do grande auditório. Não foi
uma opção mas uma limitação, monetária, como habitualmente. Mas o desgosto não
durou muito tempo porque o CCB estava num frenesim com o mercado a acontecer em
pleno. A tarde de outono mais parecia de Primavera e apesar dos meus pés sempre
doridos, percorremos todas as bancas, deliciados.
Entre o mais
ou menos artesanal todos os trabalhos foram um agradável apelo aos sentidos.
O Amadeu,
ficou encantado com as construções em papel da Pukaca. Propus-lhe vermos tudo
antes de decidir, mas dada a volta escolheu
mesmo o TEATRO DE PAPEL “Castelo medieval” da PUKACA (www.pukaca.com).
Admito que
também não resisti aos cadernos feitos pelo CARAPAU AMARELO (www.carapauamarelo.com)... e comprei
um. Fiquei também muito tentada a fazer um dos seus workshops de encadernação e
serigrafia.
São bravos
estes artistas e artesãos. Admiro a sua coragem. Não culpo os tempos mas Portugal.
Com algumas, muito poucas excepções, somos, perdoem-me a pretensão de me
incluir na classe, mal tratados. Não é justo que o valor dos trabalho desça até
não haver margem. Sendo que qualquer das definições do dicionário para esta palavra se
ajustam ao sentido deste meu “não haver margem”.
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