14.4.12

PERTENÇO.NÃO PERTENÇO.


Para ti, que não me vês nem lês, escrevo. Envolta em lençóis quentes, já não te espero mas continuo a mostrar-te toda a beleza que alcanço da minha janela. Ninguém me ouvirá. Estou a salvo.
Vai ser uma conversa sem princípio, conclusão ou fio condutor porque também é assim que a vida me acontece.
Tudo se mistura e toco (sussurro) as várias expressões artísticas que estão ao meu alcance, sem de facto lhes pertencer (Mulher sombra).
 “Pertenço porém, aquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem vêem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado”.
Fernando Pessoa

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