30.7.11

A CAMINHO DO BICHINHO DE CONTO

CADERNO DE ESBOÇOS III | sketch book

O enevoado do dia não levantou, mas na tarde da Picanceira o sol deixava-se ver. As crianças tomaram banho na piscina já muito furada, mas ainda assim água em quantidade para pulos mergulhos e gritaria. Comeram o reclamado lanche, embora ligeiro porque o jantar seria cedo. Separava-nos dos Casais Brancos uma hora de caminho e os filmes eram pequenos, como os sete cabritinhos. Se nos atrasássemos chegaríamos no fim. Mas as horas foram as certas e apesar do frio, da distância e da complicada gestão da tarde, à noite caminhámos sem hesitar para o Bichinho de conto
O nosso velho carro subia com esforço as estreitas e sinuosas ruas, ainda mais escuras depois da iluminação de Óbidos. Atrás, talvez impacientes caminhavam outras famílias. Todos curiosos e sequiosos de lugares nobres, onde poderíamos encontrar a nossa civilização. Afinal havia mais como nós. Apesar de um pouco perdidos, não nos sentíamos sozinhos.
Perdoem-me a metáfora já muito usada, mas descobri que alguns dos caminhos que tantas vezes percorro, vão dar à Escola Primária de Casais Brancos, transformada em lugar belo, belo, acolhedor, simples, isolado, despretensioso... tantas expressões e tantos despertares de sentidos, que fico confusa e pela segunda vez, queria ficar. Mas parti, como sempre faz a Mulher Sombra


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